sexta-feira, 25 de julho de 2014

Estou endividado. O que faço agora?

Está endividado? Entenda um pouco mais sobre as dívidas e confira algumas dicas de como eliminá-las


Primeiramente, o que seria uma dívida?

                                  de onde surgiu as dividas Estou endividado. O que faço agora?
Sem dúvidas, o endividamento é um dos grandes problemas da nossa sociedade atual. Mas será que as dívidas são mesmo um problema tão atual? A resposta é NÃO. De acordo com David Graeber, um antropólogo que estudou a história do dinheiro, o endividamento é natural do ser humano e o sistema de crédito veio antes mesmo da moeda ser inventada. O primeiro registro de endividamento é de 3 mil anos a.C.
Consultando o Dicionário Aurélio, chegamos à conclusão de que a palavra dívida refere-se a tudo aquilo que se deve. Pode ser tanto um dever moral (dívida de gratidão), quanto a falta de cumprimento de um dever (a culpa). A dívida também pode ser encarada da perspectiva religiosa: “deve-se rezar para pagar as suas dívidas, que existem por causa de um pecado”. Há também a dívida do ponto de vista da honra (por exemplo, aquelas feitas em jogos), cujo pagamento garante-se apenas pela honestidade do devedor. Há também a dívida no sentido de endividamento público, que se refere a um conjunto de compromissos e encargos do Estado. Resumindo, a dívida existe “desde a religião, em que devemos nossa vida a Deus, até o pagamento de impostos ao Estado” (palavras de David Graeber) e sempre  envolve o compromisso entre as partes.
dívida permeia as relações de poder – entre o mais forte e o mais fraco – e sempre foi assim. A vitória de um povo sobre o outro resulta em uma dívida daquele que sofreu a derrota. A ideia de dívida era uma das armas mais potentes usadas pelos poderosos para controlar as pessoas e, assim, garantir a obediência. Se pararmos para pensar, a relação existente entre credor e devedor não é muito diferente.

Como sei que estou endividado e como isso acontece?

Os culpados pelo endividamento não são os cartões de créditos, muito menos os cheques especiais. Eles são apenas ferramentas de gratificação imediata. Os maiores culpados somos nós mesmos, pois é o nosso comportamento que pode nos colocar em uma “furada”. Mas como tudo acontece? Vamos ver…
Consideremos o clássico exemplo do cartão de crédito, uma das ferramentas que podem ser verdadeiras ARMADILHAS na nossa vida financeira! E o que não faltam são empresas oferecendo essa tentação.
Pois bem… suponhamos que você tenha cedido à tentação e, em um mês em que o dinheiro está escasso, usa o cartão de crédito. No mês seguinte, paga normalmente. Mas no outro, está novamente desprovido de dinheiro e resolve pagar o valor mínimo da fatura. E isso acontece no próximo mês, e no outro, no outro… e assim por diante. Enquanto isso, você continua fazendo suas compras tranquilamente no cartão e a fatura continua aumentando. Como está fazendo o pagamento mínimo, seu crédito continua bom e, assim, outras empresas vão lhe enviando cartões… e você faz mais compras. Quando percebe, já está com cinco cartões de crédito, cada um de uma empresa diferente, e começa a pagar o mínimo de todos eles. Um dia, acaba notando que os valores mínimos das faturas estão tão altos que fica difícil pagar: você estourou o limite dos cartões.  Com tanta dificuldade, você deixa de fazer alguns pagamentos. As faturas totais, então, aumentam assombrosamente, mesmo porque o pagamento mínimo implica na aplicação de juros altos, somente notados nos meses seguintes. Quando chega a esse ponto, não consegue mais solicitar novos cartões. O valor devido, então, passa a não caber dentro da sua renda mensal. Não tenha dúvidas, você está ENDIVIDADO.

Perfil do endividado: quem deve mais (inadimplentes) e quem paga mais (adimplentes)

Atualmente, 90% da população brasileira está endividada. Você sabia? Essas dívidas vão desde pequenas compras no mencionado cartão de crédito aos altos empréstimos ou financiamentos. Conheça o perfil dos brasileiros endividados e, em contrapartida, aqueles que estão em dia com os seus pagamentos. Confira os dados no infográfico abaixo:

Tipos mais comuns de endividados:

Agora que você já sabe o que é uma dívida, a sua origem e o perfil das pessoas que mais devem, conheça os tipos mais comuns de endividados:
  • Ativo: é aquela pessoa que sempre está contraindo dívidas e alega que teve imprevistos;

  • Sobreendividado: vive sempre em situações financeiras periclitantes. Está sempre com o cartão de crédito estourado e não hesita em fazer empréstimos ou dividir suas compras em altas parcelas no cartão de crédito. É o perfil de pessoa que pode chegar à falência;

  • Passivo: é o endividado que realmente contraiu uma dívida porque passou por um imprevisto (desemprego, doença, morte ou separação) e precisou.

Principais dúvidas a respeito de dívidas: 

Como posso saber se o meu nome está ‘sujo’? 
Você pode verificar a sua situação através de uma consulta de seu CPF.  Basta procurar a filial do SPC/Serasa mais próxima. 
Como posso saber se estão me cobrando juros abusivos? 
A melhor forma é procurar um advogado que atue na área de Direito do Consumidor e Bancário, para que o mesmo analise minuciosamente a sua dívida. 
Como faço para ‘limpar’ o meu nome? 
A maioria das pessoas se desespera ao ver que o nome está restrito (ou, ‘sujo’). Mas isso não é necessário: sim, é possível se livrar das dívidas e limpar o seu nome! Após procurar um advogado especialista na área, ele entrará com um processo de revisão da dívida e, se identificada a cobrança de juros ou taxas abusivas no saldo devedor, será solicitada a extinção daquele determinado valor considerado indevido/ilegal. O valor da dívida diminuirá consideravelmente. Logo depois, será solicitada uma proposta de um acordo que esteja dentro das suas condições financeiras. Assim, a dívida poderá ser quitada totalmente e retirar seu nome dos órgãos de proteção ao crédito. 
Se conseguir renegociar minha dívida, poderei voltar a fazer compras a prazo? 
Você poderá voltar a fazer compras quando realizar o pagamento da primeira parcela da renegociação da sua dívida. O prazo para essa liberação é de 5 dias. 
A dívida prescreve? Em quanto tempo? 
A dívida não é extinta, ou seja, não existe a preescrição da dívida em si. O que existe é o fim do prazo que as instituições financeiras têm para cobrar judicialmente por ela. Esse prazo é de 5 anos.Confira também 11 dicas sobre como se livrar das dívidas e ter um final de ano tranquilo.

E então? Qual a conclusão que podemos chegar sobre as dívidas? 

Sabemos que as dívidas afetam a vida pessoal de qualquer cidadão. Portanto, se você não quer passar por dores de cabeça, desestruturação familiar e noites em claro, mude alguns hábitos na sua vida. Lembre-se que as dívidas podem se transformar em grandes bolas de neve. É necessário que haja controle e planejamento. Elimine gastos surpéfluos para ter condições de pagar todos os seus compromissos em dia.
Antes de assumir qualquer compromisso financeiro, avalie opções de crédito que mais se enquadrem em seu perfil, sempre pensando nos juros. Quer exemplos? O empréstimo consignado possui taxas de juros inferiores, se comparadas às do empréstimo pessoal. Os empréstimos, por sua vez, cobram mais juros que a carta de crédito para a compra de veículos. Quanto aos cartões de crédito e cheque especial, já sabemos que possuem juros salgados! Então… qual é a melhor opção? De qualquer forma, fique sempre de olho nas cobranças, a fim de evitar taxas e juros abusivos.

Dicas finais (para você guardar de uma vez por todas):

  • Auxiliado por um advogado especializado na área do Direito do consumidor, procure os credores para negociar as suas dívidas;

  • Para evitar o acúmulo de contas e, consequentemente, de juros, pague os seus compromissos sempre em dia;

  • Faça um planejamento financeiro mensal e nunca gaste mais do que pode.

  •   Controle suas finanças. Não deixe que elas controlem você! 
Tenha um ótimo fim de ano e boas festas! 
Texto escrito por: Daysi Pacheco

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CARTA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO !

À VOCÊ : ESCREVO ESTA CARTA PARA LHE DIZER QUE SINTO A SUA FALTA . CONTEI MINHAS OVELHAS E NOTEI QUE FALTAVA UMA : VOCÊ. PORQUE FOI EMBORA?...